quinta-feira, 29 de março de 2007

Avaliação Meriva SS

Fases do Meriva
Lançado em 2002, o monovolume da GM ao longo de sua trajetória no mercado brasileiro passou por três atualizações e ganhou a versão esportiva SS
Texto: Edison Ragassi
Fotos: Valeria Matias
Desenvolvido por engenheiros e designers brasileiros, em parceria com a Opel (braço europeu da GM), o monovolume Chevrolet Meriva, chegou ao mercado nacional em 2002, como opção para quem procura um veículo ágil no trânsito, espaçoso, com boa capacidade para transportar carga e transitar nos finais de semana em estradas que dão acesso à chácaras e sítios.
As primeiras unidades saíram da linha de montagem equipadas com propulsores 1.8 (8 e 16 válvulas). O consumidor gostou, pois naquele ano, apesar de a comercialização iniciar em agosto, segundo levantamento feito pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), no total foram emplacados 6.019 modelos.
Já em 2003, a grande novidade do setor, motores que consomem álcool, gasolina, ou mistura dos dois em qualquer proporção, foi incorporada ao Meriva, que entrou para a história como o primeiro monovulme a utilizar a tecnologia bicombustível. Nesta fase, a montadora de São Caetano do Sul, tirou de linha a opção 16V.
Em agosto de 2004, a GM promoveu alterações nos pacotes de itens, foi quando mudaram a denominação das versões para Joy, Maxx, e Premium.
Sem alterar o desenho externo, ainda na história do Meriva, figuram outras duas novidades: em 2005, foi equipada com a segunda geração dos propulsores Flexpower Powertrain e ganhou a versão esportiva denominada SS.
Visual moderno, frente com grandes faróis, o desenho do Meriva destaca na lateral, um vinco com recorte em ângulo, desde o contorno da janela traseira, até a dianteira, e termina nos pára-lamas.
Tem boa posição para dirigir, comandos dos vidros, espelhos e travas bem a mão. Retrovisores com boa visibilidade, e muito simples para manobrar no trânsito e estacionamentos.
A distância entreeixos é de 2.630 mm (quase 2 cm maior que o Astra). O comprimento exterior, chega a 4.042 mm (cerca de 6 cm menor que o do Astra). Esta configuração oferece ótimo espaço interno, tanto ao condutor como para passageiros.
Para realizar este teste segui até a bucólica Monte Verde, cidade pertencente ao município de Camanducaia, encravada no lado mineiro da Serra da Mantiqueira, há 170 km de São Paulo e 560 km do Rio de Janeiro.
No local, o Meriva SS passou diariamente por estradas de terra. Apesar de ser um veículo com características urbanas, suportou bem.
A calibragem da suspensão agradou, pois ultrapassou o terreno acidentado com poucos solavancos, e a altura em relação ao solo, evita aquelas raspadas no assoalho.
Em uma destas idas ao centro (distância aproximada de 12 km), dei carona a um casal.
O Cláudio tem estatura de 1,91m. Fiz questão de acomodá-lo no assento traseiro. Durante o trajeto a pergunta: você está confortável?
Ele respondeu prontamente: "muito, não imaginava que este carro tinha tanto espaço".
Antes da adversidade proporcionadas pelos trechos na terra, o monovolume passou pelas subidas, descidas, curvas e retas da Rodovia Fernão Dias.
Esta versão com apelo esportivo, não sofreu alterações mecânicas, ou de suspensão. Mas as rodas 15X6 liga leve, calçadas com pneus 185/60R15, equipamento original do carro, melhoraram a estabilidade (a versão tradicional no modelo de entrada usa rodas 14X5 ½ e pneus 175/70 R14), pois o carro se mostrou firme nas curvas.
Na Fernão Dias, também foi possível sentir o excelente trabalho feito pela engenharia da GM Powertrain no propulsor que equipa, além do Meriva, a Montana e o Corsa.
O peso total, em relação ao motor anterior, caiu de 112 kg para 106 kg.
Também foram incorporadas diversas novidades como: cabeçote com balancins roletados, tuchos menores e mais leves, válvulas com hastes de menor diâmetro. O coletor de admissão é fabricado de material plástico (entre outras vantagens apresenta menor peso); novo sistema de injeção eletrônica seqüencial; coletor de escape, do tipo tubular para reduzir o tempo de aquecimento do catalisador e diminuir os índices de emissões.
Na prática, o motor que chegava a 105cv abastecido com gasolina, e 109 cv com álcool, agora rende 112cv ao carregar o derivado do petróleo e 114cv quando o tanque tem 100% de álcool. Isso representa um arranque mais rápido, acelerações precisas, retomadas rápidas e fôlego durante ultrapassagens.
Nas versões Maxx (R8E), Premium (R8G), oferece várias configurações nos assentos traseiros, graças ao sistema chamado ‘FlexSpace’. Ele permite uma série de movimentações, para o transporte de pessoas ou carga.
Esta versatilidade é confirmada pela pedagoga Maria Lúcia Straus. Ela possui um Meriva ano 2004, o qual utiliza em seus afazeres diários, que consistem em levar os filhos para a escola, e locomover-se até o trabalho. Mas foi na prática de um hobby que percebeu a capacidade de transporte do Meriva, "gosto de jardinagem, por isso vou ao Ceasa fazer compras de flores, vasos", explica a pedagoga, "certa vez transportei uma cerejeira que tinha aproximadamente 1,65m, para isso foi só rebater os bancos".
Ela escolheu o monovolume porque confia na marca Chevrolet, "já tive o Monza e o Vectra, gostei, pois os carros não tiveram problemas, e o Meriva também. Acertei na compra".
Maria Lúcia considera o veículo, feminino e espaçoso, as ressalvas ficam por conta dos vidros laterais dianteiros (que lembram o antigo quebra-vento), "eles atrapalham um pouco a visibilidade", reclama, "e o arranque é lento". Já o desempenho em rodovias é plenamente aprovado, "apesar de viajar apenas uma vez por ano, senti muita segurança nas rodovias ao realizar ultrapassagens", comenta.
As manutenções são feitas de acordo com o plano sugerido pela montadora, "com 15.000 km rodados troquei as pastilhas de freios, óleo do motor e os filtros, ou seja, é um carro confiável", afirma.
Quando perguntada se compraria outro Meriva, a resposta é afirmativa, e manda um recado para os responsáveis por produtos da GM, "coloca o teto solar, eu adoro teto solar, mas infelizmente o Meriva não tem", finaliza.
A Meriva SS, é vendida nas cores: vermelho Lyra, Preto Liszt e Preto Ebony sem pacotes de opcionais, com preço sugerido é de R$ 53.174. Já na cor Cinza Bluet, acontece acréscimo de R$ 904,00. A versão de entrada, Joy tem preço sugerido de R$ 43.359.
Ficha técnica
Motor
Modelo: X18XF Família I
Disposição: Transversal
Número de cilindros: 4 em linha
Cilindrada (cm³): 1.796
Diâmetro e Curso (mm): 80,5 x 88,2
Válvulas: SOHC, duas válvulas por cilindro
Injeção eletrônica de combustível: M.P.F.I. (Multi Point Fuel Injection)
Taxa de compressão: 10,5:1
Potência máxima líquida: 112 cv a 5.600 rpm (gasolina); 114 cv a 5.600 rpm (álcool)
Torque máximo líquido (gasolina/álcool): 17,7 mkgf a 2.800 rpm
Combustível recomendado: Gasolina comum e/ou Álcool hidratado
Rotação máxima do motor (rpm): 6.400
Transmissão
Modelo: F17-5 WR
Manual de 5 velocidades à frente sincronizadas
Chassis/ Suspensão
Dianteira: Independente, McPherson, com braço de controle ligado ao sub-chassis, molas helicoidais com compensação de carga lateral, amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados a gás e barra de torção ligada à haste tensora
Traseira: semi-independente, viga de torção soldada com 2 braços fundidos de controle, molas tipo barril com diâmetro variável e progressiva, amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados a gás
Direção: Hidráulica, pinhão e cremalheira
Freios
Tipo: Discos ventilados dianteiros, tambor traseiro
Rodas/Pneus
Roda tamanho e tipo: 15 x 6 - liga leve
Pneus: 185/60R15
Dimensões/Pesos
Distância entre eixos (mm): 2.630
Comprimento total (mm): 4.042
Largura carroceria (mm): 1.694
Largura total (mm): 1.944
Altura (mm): 1.624
Bitola (mm): Dianteira: 1.449; traseira: 1.464
Altura mínima do solo (mm): 138
Peso em ordem de marcha (kg): 1.280
Capacidades
Porta-malas (litros): 360 à 1.610
Carga útil (kg): 475
Tanque de combustível (litros): 52,5
Óleo do motor (litros): 3,25 (3,5 com o filtro)
Sistema de refrigeração (litros): 6,0
Sistema de partida a frio (litros): 0,580

4 comentários:

Anônimo disse...

parabens muito lindo a nova meriva

Anônimo disse...

temos uma meriva ss e otima nunca deu problema com nada,e um carro otimo com90000 foi trocado o primeiro jogo d pneus e otimo,e bonita.

Anônimo disse...

acabei de comprar uma meriva estoi muito contente com seu desenpenho e espaço interno

Anônimo disse...

TENHO UMA MERIVA 2007 SS TO COM UM PROBLEMA DANADO ELA NÃO ESTA DESENVOLVENDO VELOCIDADE E O PIOR O MEU MECANICO NÃO ACHOU PROBLEMA JA PASSOU SCANNEER E TUDO MAIS ... TO DESANIMADO COM ESSE CARRO.