segunda-feira, 19 de março de 2007

Avaliação Novo Mégane 2.0 16V


Estilo e potência
Novo Mégane é o carro da Renault que compete com Novo Vectra, Bora, Jetta, Corolla, Focus, New Civic e 307, no aquecido segmento de sedãs médios
Texto: Edison Ragassi
Fotos: Valéria Matias
Fabricado no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR), o Novo Mégane chegou ao mercado em março de 2005 nas versões Expression e Dynamique.
Para empurrar o sedã, a montadora escolheu as opções de propulsores 1.6 16V Hi-Flex (o mesmo usado no Clio e Scénic) e 2.0 16Vgasolina (importado da França), este lançado em maio.
Na época da apresentação tinha preço sugerido para venda de R$ 53.990 (1.6 versão de entrada) a R$ 69.990 (2.0 topo de linha).
Nos dias de hoje a diferença não é grande, pois é comercializado por valores que giram em torno de R$ 54.990, e o 2.0 teve preço realinhado para baixo, ou seja, R$ R$ 66.840.
Desde a versão básica (Expression 1.6 Hi-Flex) é equipado com: ar-condicionado, direção com assistência elétrica, computador de bordo, air bag duplo adaptativo (motorista e passageiro) e freios ABS com compensador eletrônico de frenagem para as rodas traseiras (EBV). Os vidros elétricos traseiro, faróis de neblina, rádio CD player com display no painel, comando satélite na coluna de direção e retrovisores externos com regulagem elétrica, são opcionais no modelo de entrada e vendidos num pacote que tem custo de R$ 2.000,00.
E o topo de linha só oferece como opcionais, pintura metálica e CD Changer para seis discos incorporado ao painel de instrumentos.
A montadora planejou oferecer um veículo atraente para o consumidor brasileiro, e usou como base modelo vendido na Europa. O anuncio da produção nacional foi feito em 2004, mas a comercialização começou dois anos depois, quando o carro europeu já havia sofrido modificações.
Independente da defasagem, os designers empenharam-se para construir um sedã bonito e eficiente, o qual nem lembra o antecessor que foi lançado no final de 1.997. Era importado da Argentina, com opção de motrização 1.6 16V (hatch) e 2.0 16V (sedã).
Este Novo Mégane trouxe também uma nova identidade visual para os veículos da montadora francesa. A começar pela frente, onde no lugar de faróis grandes como os usados no Clio e Scénic, aparece um conjunto ótico retangular. Eles invadem as laterais e se tornam pontiagudos. Visto de frente, lembram traços usados para desenhar os olhos de personagens de histórias em quadrinhos. Ao centro o losango, logomarca da montadora, divide a pequena grade do radiador. O capô ostenta vincos acentuados nas pontas e no centro, os quais ligam o pára-brisa com a grade. Os pára-choques pintados na cor do carro têm as faixas de proteção preta na versão Expression, já a Dynamique, topo de linha usa cor cinza, e as luzes de neblina acopladas na parte inferior.
A lateral usa vinco na linha das maçanetas, e ampla área envidraçada, a qual oferece uma excelente visibilidade para o motorista. As faixas nas laterais das portas são cinza ou preta, de acordo com a versão. As rodas de liga leve, 16 polegadas são de série na versão Dynamique.
Um detalhe interessante, o qual vale destacar, é o bocal de abastecimento. Após abrir a pequena porta protetora, nota-se que ele não tem tampa, o que aparece é uma chapa redonda de metal. Ela é aberta quando o frentista insere o bocal da bomba abastecedora. E a traseira também tem estilo diferenciado. Segundo os engenheiros da marca, o porta-malas nasceu do teto, e não foi adaptado. A tampa segue linhas arredondadas na parte superior e tem um degrau, o logo fica acima da marca Mégane, e o vinco ao centro forma um bico, que contrasta com o design das lanternas. Elas misturam, linhas redondas e quadradas, como os faróis, as peças saem pelas laterais.
No interior foram usados poucos itens de outros modelos da montadora. Os mais evidentes são: os comandos de vidros e espelhos, controle de piloto automático e comando satélite do sistema de som. O painel de instrumentos, ao ser comparado com Clio e Scénic, ganhou nova grafia. Os contornos são em aço escovado e, ao centro aparecem as informações do computador de bordo, como: consumo médio e instantâneo, autonomia, quilometragem rodada, velocidade média e aviso de manutenção.
O tecido dos bancos segue a padronização de cores adotada em outros modelos da Renault e não é ofertada a opção couro. O departamento de compras da Renault seleciona fornecedores para suprir esta necessidade. Mas a grande novidade do Mégane está na tecnologia.
A montadora incorporou o sistema de partida por cartão,e o carro não usa chaves, a ignição é feita no botão(on/off). Também equipou a versão top 2.0 com a caixa de seis marchas (fabricada em Portugal). Na versão automática, câmbio Proactive de quatro velocidades com opção de troca seqüencial.
Design influencia comprador
Advogado que presta serviços para a Anistia Internacional, Mauricio Canto, escolheu o sedã da Renault pelas linhas modernas e arrojadas que compõe o desenho do carro. “Quando conheci o carro na concessionária foi amor a primeira vista”, comenta de maneira empolgada.
Mauricio é o tipo de cliente que pode ser chamado ‘o número 1’ de uma empresa, pois em sua garagem, além do Novo Mégane, ainda guarda uma Scénic, e um Clio Hatch, ambos 1.6 Hi-Flex. Também possui o Clio Sedan, o qual fica em outro local por não ter espaço.
Esta preferência pelos modelos da marca francesa começou na Argentina. “Por questões profissionais, sempre viajo por países da América do Sul, e certa vez aluguei um Clio na Argentina, o qual achei muito confortável, e ágil. Quando voltei ao Brasil, procurei uma concessionária da marca e comprei um Mégane (modelo antigo), o qual agradou em todos os sentidos”, lembra o advogado.
Entre as várias viagens feitas pela América do Sul, Mauricio conta que certa vez passava pelo Deserto do Atacama (região norte do Chile) e enfrentou uma tempestade de areia quando dirigia um Clio, “ventava muito, precisei parar o carro, pois não havia condições de enxergar, passada a tempestade, constatei que não entrou areia no carro, e não teve avarias mecânicas, foi só dar a partida e ir embora”.
Mauricio comprou o Novo Mégane para a esposa Mônica, também advogada, eles optaram pela versão automática top de linha, “este é o primeiro carro automático que uso e gostei, é bem mais confortável de guiar”, declara ela.
Entre os pontos positivos do Novo Mégane, Mônica destaca o tamanho do porta-malas e design, “o carro é muito bonito, chama a atenção por onde passa, tem ótima dirigibilidade, é macio e com boa visão para as manobras”.
Já Mauricio concorda com a esposa e destaca os valores cobrados pelas seguradoras, “fazer seguro para os carros da Renault é barato”.
Outro item elogiado é o sistema de partida com cartão, “muito prático, moderno eficiente, é bárbaro”.
Como pontos negativos o advogado fala sobre o cinto de segurança, “é difícil de encaixar, e incomoda na região do peito e por ser um sedã poderia ter um pouco mais de espaço para os passageiros do banco traseiro”.
O casal também elogia o atendimento oferecido pela concessionária, “o Amauri (consultor de vendas da AR Veículos), é muito gentil e atencioso esclareceu as dúvidas imediatamente, e o serviço de pós-venda da Renault é exemplar, eles ligam fazem pesquisas e enquanto todas as perguntas não são respondidas eles não descansam”, comenta Mauricio.
E para confirmar que é um entusiasta dos veículos fabricados pelos franceses, ele completa: “eu quero que a Renault tenha muito sucesso no Brasil, por isso faço propaganda e indico para os amigos os carros da marca”. Impressões ao dirigir
Auto Agora testou o Novo Mégane equipado com motor 2.0 16V e transmissão manual de seis marchas. O propulsor entrega 138 cavalos de potência máxima a 5.750 rpm e oferece torque de 19,2 mkgf a 3.750 rpm. Segundo a montadora, uma das principais evoluções desse propulsor é o comando de abertura e fechamento das válvulas variável. Eles divulgam que a aceleração de 0 a 100 km/h acontece em 9,8 segundos e a velocidade final é de 200 km/h.
Na prática este motorzão faz com que o sedã tenha arranque forte, desenvolve velocidade rapidamente e as frenagens acontecem de maneira precisa.
O câmbio de seis marchas foi incorporado para melhor aproveitar os regimes de baixa, média e alta rotação. Isso faz com que o motorista em um trecho urbano mantenha engatada a quarta marcha para velocidade média de 60 km/h, e o conta-giros permanece em 2.500 rpm. Já a sexta marcha é bem eficiente na rodovia. Ao atingir 100 km/ h, na quinta marcha, o conta-giros marca 3.500 rotações por minuto, aí é só pisar na embreagem e usar a sexta, que ele volta a condição de 2.500 rpm. Como ela está próxima a quarta, o motorista precisa ter atenção para não engatar marcha errada.
A suspensão é macia e estável, até em curvas mais severas. A altura em relação ao solo exige cuidado ao ultrapassar uma valeta ou lombada, pois ele raspa o assoalho no solo, se o motorista não for cuidadoso ao transpor estes obstáculos.
O volante agrega os comandos do controlador de velocidade, o qual é de fácil manuseio. Oferece boa visão nas manobras, apesar da traseira avantajada.
E a partida com cartão, equipamento fabricado pela Valeo, é muito fácil de usar. Ainda, segundo a assistência técnica da empresa não há como acionar o veículo por meio de ligação direta.
O Novo Mégane tem 2,69 m de entre-eixos, 4,50m de comprimento, 2,04m de largura e 1,46 m de altura. Desde a chegada ao mercado nacional comercializou, até fevereiro deste ano, 7.746 unidades, segundo dados da Fenabrave.
A Renault acredita no sucesso deste carro em terras nacionais, tanto que em novembro de 2005 ampliou a família ao lançar a Station Wagon Mégane Grand Tour derivada do modelo, para competir com o Corolla Filder e ajudar na consolidação da família.

Ficha técnica
Mégane Sedan 2.0 16V
Motor: Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro Cilindrada:1.998 cm³
Potência: 138 cv a 5.500 rpm
Torque: 19,2 mkgfm a 3.750 rpm
Taxa de compressão: 9,8:1
Câmbio: manual, de seis marchas
Comprimento: 4,49m
Largura: 1,77m
Altura: 1,46m
Entre-eixo: 2,68m
Porta-malas: 520 litros
Peso: 1.275 kg
Suspensão: McPherson com triângulo inferior e efeito antimergulho, amortecedores hidráulicos telescópicos com molas helicoidais e barra estabilizadora. Na traseira rodas independentes com braços arrastados, 4 barras de torção transversais e amortecedores hidráulicos telescópicos inclinados.
Freios: A disco nas quatro rodas, com sistema ABS
Rodas e Pneus
Tipo da roda: Expression 15", Dynamique 16"
Tipo do pneu: Expression 195/65 R15, Dynamique 205/55 R16
Preço sugerido: Versão Dynamique 2.0 16V R$ 61.990.

2 comentários:

Alan disse...

A tampa do bocal tem trava elétrica acionada junto com as travas das portas. Portanto, não existe perigo de alguém colocar outro líquido no tanque, pois sempre vai estar trancado.

MAR AZUL CONTABILIDADE disse...

È um otimo carro, tenho um megane sedan dynamique 1.6 2008 flex , macio, veloz, economico, seus itens de conforto são fantasticos, pelo ano 2008 tem quase tudo de um carro 2021 tem, só faltou uma central multimidia, na qual já coloquei. Se encontrar um em perfeito estado não deixe de pegar, peguei um com 69.000km , lataria e pintura perfeita, pneus em otimo estado, muito conservado, mecanica otima. Pesquisei ate achar um conservado . Não me arrependo nenhum pouco . Nota 10