segunda-feira, 22 de junho de 2009

GP da Inglaterra: A Red Bull chegou

Bandeirada_VettelDurante as quatro primeiras corridas do ano, a grande pergunta era: até quando a Brown GP consegue dominar a competição? Como eles ganharam seis, a pergunta foi esquecida.

Mas parece que isso durou até o GP Turquia (07/06). Na etapa turca, Jenson Button venceu, mais por causa do erro de Sebastian Vettel (RedBull), do que pela superioridade do carro. E Rubens Barrichello abandonou, porque o carro quebrou.

Pois bem, no mítico circuito de Silverstone, na Inglaterra, só deu RBR. O alemão Vettel cravou a melhor volta na ultima parte dos treinos classificatório, Barrichello conseguiu a segunda posição e Mark Webber (Red Bull) saiu em terceiro.

Largada_Bastou a corrida começar, para Webber ir pra cima de Rubens. Foi uma questão de tempo para o australiano ultrapassar o brasileiro, o que ocorreu na primeira parada para troca de pneus e reabastecimento.

Durante o restante da prova, em nenhum momento, Barrichello incomodou Webber, que por sua vez, também não ameaçou Vettel. E o atual líder do Mundial, Jenson Button (Brawn GP), depois de vencer 6 corridas, amargou a sexta posição, já que perdeu o quinto lugar para Nico Rosberg (Williams) nas últimas voltas.

Este resultado mostra que a recém chegada equipe de Ross Brown terá que trabalhar muito nestas três semanas que antecedem o GP da Alemanha, o qual será disputado em Nurburgring, no dia 12 de julho.

Isso porque, a diferença entre Button (64) e Vettel (39), não é tão grande assim, 25 pontos, e faltam 9 provas. Mais duas vitórias do alemãozinho, com o inglês chegando lá trás, ele começa a ‘fungar no cangote’, do até então imbatível Button.

Rubinho_E não podemos esquecer do Barrichello (41), a diferença é menor ainda, 23 pontos. E não é incoerência, não, na Inglaterra, Rubinho mostrou sua capacidade de lidar com um carro ruim, sem equilíbrio, tanto que chegou na frente do companheiro.

Só espero que estas ‘batalhas’ ocorram com muita disputa na pista. Sei que Barrichello não baterá rodas com Button, mas se tiver que disputar com Vettel, Weber, Massa, o brasileiro irá com a ‘faca entre os dentes’, como já fez em outras oportunidades.

E a F-1 precisa destas disputas, pois as duas últimas provas foram bem chatas, muito diferente das primeiras, onde o inglês ganhou, mas pelo menos, do segundo para trás ocorreram vários pegas.

Pódio_Vettel_WeberSe continuar como está, os dirigentes da maior categoria do automobilismo mundial terão muitas decepções, pois a tal da ‘Comissão de Ultrapassagens’ criada para acabar com o marasmo e promover maior competitividade, a qual planejou o atual regulamento, só terá um mérito: inversão de forças. A Ferrari e McLaren perderam a hegemonia, e Brown GP e Red Bull entraram para o pelotão de cima. E isso no próximo ano retornará ao seu caminho normal, pois as grandes têm muito dinheiro para superar estas dificuldades. Se é que vai ter próximo ano, mas sobre a briga entre equipes e organização, eu vou falar em outra oportunidade, pois tenho uma grande desconfiança de que Max Mosley e Bernie Ecclestone querem mesmo é excluir as fabricantes de veículos da categoria. Vou esperar um pouco mais, para juntar as peças deste quebra-cabeça, e depois falo sobre o tema.

 MassaAinda sobre o GP da Inglaterra, vale destacar a excelente corrida de Felipe Massa (Ferrari). Largou na 11ª posição, e terminou em quarto lugar, enquanto que o companheiro Kimi Raikkonen foi só o oitavo. Isso prova que um bom piloto pode obter bons resultados, mesmo com um carro ruim, o braço ainda faz a diferença. Em tempos passados, nesta situação, a Ferrari convocaria seu exercito de testadores, e passaria estas três semanas trabalhando nos carros. Como os testes não são permitidos, os computadores e simuladores serão usados além do limite.

E Nelsinho Piquet (Renault) conseguiu chegar na frente do companheiro Alonso, 12º contra 14°. Bem pouco, e se existe realmente a clausula de performance que valeria até a Inglaterra, no contrato do brasileiro, ele pode aproveitar as três semanas para procurar emprego, pois seu desempenho está bem aquém do esperado, ou seja, Zero pontos, contra 11 de Fernando Alonso.

Rapidinhas

Seguindo o script

Com muitas dores nas costas, Barrichello até tomou injeção de cortisona para correr. Debilitado, ainda enfrentou problemas com o balanceamento do carro.“Hoje o negócio foi seguir o script. Após o treino de sábado imaginamos que o terceiro lugar seria o máximo que conseguiríamos na corrida, pelo desempenho dos carros da Red Bull. A parte mais complicada da corrida foi o segundo trecho, com os pneus mais duros, que não se adaptaram às condições da corrida e especialmente por causa do vento, que jogava o carro de um lado para o outro”, explicou o brasileiro na entrevista coletiva.

Dupla vitória

Depois da corrida, Felipe Massa sorria como se fosse o vencedor do GP da Inglaterra. “Sinto como se tivesse vencido a prova. Começar em 11.º e terminar em quarto é um grande resultado. Não esperávamos por isso, e estamos muito felizes”, declarou. Massa ainda falou ao repórter Felipe Motta da rádio Jovem Pan, que pretendia assistir o jogo entre Brasil e Itália no aeroporto. E se a seleção canarinho vencesse, na volta a Itália tiraria sarro dos integrantes da Ferrari. Massa conseguiu, o Brasil venceu a Squadra Azzurra por 3X0.

Mudou o tom

A briga política ameaça a F-1, e o até então todo poderoso Max Mosley, presidente da FIA, que impunha as regras, modificou o discurso, após, Ferrari, McLaren, Toyota, BMW, Brown GP, Red Bull, Renault e Toro Rosso afirmarem que estão saindo da categoria na próxima temporada, para promover um campeonato próprio. “Acho que um acordo está muito próximo, que o que divide as equipes e nós é pouca coisa e que podemos nos sentar e aparar as arestas rapidamente, dissemos a eles que estamos prontos para isso. Eles podem levar um tempo para chegar ao ponto que desejam, mas quando isso acontecer estaremos prontos”, afirmou o dirigente, que nem deveria estar em Silverstone no domingo.

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