sábado, 25 de janeiro de 2014

Comparativo: Toyota SW4/ Chevrolet Trailblazer

IMG_4525IMG_7870

Toyota e Chevrolet com o SW4 e Trailblazer disputam o segmento dos utilitários esportivos movidos a diesel, os modelos têm proposta similar, mas a construção é diferente

Por: Edison Ragassi/ Fotos: Estúdio Prána

Preparado para todo o terreno, o veículo utilitário esportivo (SUV) Toyota SW4 foi lançado em 2005. Para atender a legislação de emissões de poluentes, em 2012, recebeu o novo propulsor diesel D-4D 3.0L 16V turbo.

IMG_4561Usa geometria variável com intercooler e injeção direta eletrônica de combustível (tipo Common Rail). Ele trabalha com taxa de compressão de 17,9:1, entrega potência de 163 cv a 3.400 rpm e torque de 35,0 kgfm entre 1.400 a 3.200 rpm.

Em novembro de 2012, chegou para disputar mercado com o SW4 o Chevrolet Trailblazer. No lançamento, foi apresentado com motor 2.8L Turbodiesel CTDI. Também com intercooler, injeção direta eletrônica, taxa de compressão de 16,0:1, comando de válvulas do tipo DOHC de quatro válvulas por cilindro. Atinge potência máxima de180 cv a 3.800 rpm, o torque é de 47,9 kgfm a 2.000 rpm.

IMG_7898Menos de um ano depois, ou seja, em setembro de 2013, a General Motors mostrou a linha 2014 deste SUV. Entre as modificações, a segunda geração do propulsor diesel. Foi incorporado um novo coletor de admissão em plástico, um novo sistema de injeção, os pistões foram redesenhados, também recebeu um novo sistema de recirculação de gases (EGR). Estas mudanças fizeram a taxa de compressão passar para 16,5:1, a potência aumentou para 200 cavalos a 3.600 rpm e o torque chega a 51,0 kgfm a 2.000 rpm.

IMG_4554A Toyota trouxe também uma nova transmissão automática de cinco velocidades, para seu SUV. Segundo a fabricante é dotada de Sistema de Inteligência Artificial. Ele gerencia o funcionamento, seleciona a marcha mais adequada de acordo com o estilo de direção do condutor, pois leva em consideração a posição do acelerador, a velocidade do veículo, a rotação do motor e a atuação dos freios e também avalia o percurso por onde o veículo está trafegando (subidas, retas ou decidas). A tração é 4x4 permanente com reduzida, usa diferencial central tipo Torsen com bloqueio, VSC (controle eletrônico de estabilidade) e TRC (controle eletrônico de tração), a reduzida é ativada por alavanca.

IMG_7891O Trailblazer só é comercializado com transmissão automática de seis marchas (GR6). Ela conta com o sistema Active Select, que também permite trocas manuais sequenciais. O câmbio utiliza sistema Clutch to Clutch e o EC3 que gerencia o travamento do conversor de torque. Como ocorreu aumento de potência e torque, ela foi recalibrada. Vem equipado com caixa de redução para 4x4 acionada eletronicamente.

IMG_4512No SUV Toyota a suspensão dianteira é independente, com braços duplos triangulares, molas helicoidais e barra estabilizadora. Na traseira é do tipo 4-link (4 pontos de fixação) com molas helicoidais.

IMG_7852O utilitário esportivo Chevrolet, também tem a suspensão dianteira independente, com braços articulados, molas helicoidais, barra estabilizadora e amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados. E a traseira é Five-link, com barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados.

A direção hidráulica (pinhão e cremalheira) aparece nos dois veículos e o sistema de freios do modelo Toyota é composto por discos ventilados na dianteira e tambor na traseira, com ABS, EBD (distribuição eletrônica de força de frenagem) e BAS (sistema de assistência em frenagem de emergência). Já o Chevrolet usa sistema de frenagem com discos ventilados nas quatro rodas, ABS e EBD.

IMG_4545Na linha SW4 a diesel comercializada a partir de 2012 foi incluído à central multimídia, um sistema de navegação GPS. Sua tela é de 6,1 polegadas touchscreen, permite conexão via Bluetooth com microfone localizado no console do teto, conexões USB e auxiliar do sistema de som compatível com iPhone/ iPod, aparelhos que usam sistema Android e câmera de ré.

IMG_7885Já a Chevrolet trouxe para o SUV o sistema multimídia MyLink – “Bring Your Own Media”. Ele reproduz músicas, fotos, vídeos e aplicativos do celular, faz ligações telefônicas via Bluetooth e permiti ao usuário configurar algumas funções do veículo de acordo com as suas preferências, conta ainda com leitor de CD e DVD e um navegador de GPS. A tela de LCD touch screen é de sete polegadas. Por meio do sistema, é possível controlar algumas configurações funcionais do carro, como avisos sonoros de faróis ligados, acionamento do limpador traseiro, travamento automático das portas, distribuir o som ambiente do rádio de forma independente em cada uma das caixas de som das quatro portas, além da visualização de demais informações tradicionais do celular, como, agenda de contatos e histórico de chamadas. Executa funções de rádio AM/FM com leitor de áudio para arquivos MP3/WMA e mostra a imagem da câmera de ré.

IMG_4497Em dimensões, o Toyota SW4 tem comprimento de 4.705 mm, a distância entre eixos é de 2.750 mm. Sua largura é de 1.840 mm, altura de 1.850 mm, com ângulo de ataque de 30º , o de saída é de 25º.

IMG_7870Enquanto que o Chevrolet Trailblazer oferece comprimento de 4.878 mm, distância entre eixos de 2.845 mm. A largura é de 2.132 mm, altura de 1.841 mm, assim, o ângulo de ataque é de 32º, o de saída é 21º.

IMG_4529O Toyota SW4 com motor diesel é comercializado na versão SR de câmbio automático com cinco lugares por 170.860, a SRV custa R$ 182.090. O modelo com carroceria de 7 lugares, versão SRV sai por 186.750.

IMG_7880Já o Chevrolet Trailblazer só é comercializado com opção de 7 lugares, a versão LTZ motor diesel custa R$165.390.

Colaboraram: Toyota do Brasil, General Motors do Brasil, Grupo Carrera e Grand Motors Toyota- Nações Unidas

IMG_4551IMG_7895

Custos de peças e serviços Toyota SW4 Diesel

Amortecedores dianteiros: R$324,42- cada

Serviço: R$ 292,50- par

Amortecedores traseiros:R$109,01- cada

Serviço: R$ 195,00- par

Discos de freios dianteiros: R$450,32- cada

Serviço: R$ 214,50- par

Jogo de pastilhas dianteiras: R$346.69

Serviço: R$97.50

Lonas traseiras: R$449,46

Serviço: R$195.00

Óleo/ litro: 29,00

Serviço: R$97.50

Filtro de óleo: R$46.74

Serviço: R$ 117,00*

Filtro de ar: R$103.87

Serviço: R$39.00

Filtro de combustível: R$56.44

Serviço: R$117,00

Filtro anti-polén: R$69.30

Serviço: R$39.00

Óleo transmissão automática/ litro: R$48,04

* Na revisão não é cobrada mão de obra de substituição do filtro

Custos de peças e serviços Chevrolet Trailblazer Diesel

Amortecedores dianteiros: R$ 419,36- cada

Serviço: R$160,00

Amortecedores traseiros: R$ 233,31- cada

Serviço: R$160 ,00

Discos de freios dianteiros: R$386,28- cada

Serviço: R$80,00

Jogo de pastilhas dianteiras: R$ 528,11

Serviço: 40,00

Tambor de freios traseiros: R$ 577,06

Serviço: R$120,00

Jogo de sapatas traseiras: R$ 405,05

Serviço: R$160,00

Óleo/ litro: R$ 39,00

Serviço:------------

Filtro de óleo: R$65,19

Serviço:---------------

Filtro de ar: R$ 122,53

Filtro de combustível: R$ 217,92

Serviço:--------------------

Filtro anti-polén: R$ 165,29

Serviço: R$120,00

Óleo transmissão automática/ litro: R$ 37,50

Serviço: R$160,00

ALÍVIO DE NOVOS ARES

CARTAO_FINAL.indd

Por: Fernando Calmon

Foto F. Calmon 19 - médiaQuando fecharem as portas no próximo domingo, os organizadores do Salão de Detroit, depois de investir em reformas e ampliação das áreas de exposição, poderão respirar aliviados. Indicadores apontam recuperação firme do mercado interno americano (15, 6 milhões de automóveis e comerciais leves em 2013), interesse maior pelos salões e até outra mentalidade em relação aos modelos caros. Compradores abonados voltaram a trocar de carro, sem preocupação de manter a cor, para não chamar a atenção de vizinhos e amigos.

Um dos ícones para os americanos estreou na exposição do Cobo Hall com a maior evolução de sua história. A picape pesada F150, veículo líder por lá há 37 anos em quatro versões de mesmo nome, agora usa várias partes da carroceria em alumínio. Representou menos 320 kg de peso e permitiu oferecer motor V-6 turbo de “apenas” 2,7 litros. Novos Mustangs cupê e conversível atraíram atenções, mas aqui só em 2015.

Estreia mundial, que interessa de perto, pois será produzido em Iracemápolis (SP), foi o Mercedes-Benz Classe C todo novo, antes só visto em fotos. O sedã ficou maior por dentro, 100 kg mais leve e tem opções de suspensão a ar e porta-malas com caixa sanfonável central.

Novo Honda Fit, um pouco mais largo e maior entre-eixos, é o mesmo de produção brasileira previsto para o segundo trimestre, agora de novo com câmbio automático CVT. Em entrevista a jornalistas brasileiros, o executivo da Hyundai responsável por vendas mundiais, Tak Uk Im, admitiu ampliação da fábrica de Piracicaba (SP) para produção do SUV compacto derivado do HB20 e até do i30 em Anápolis (GO).

A anunciada fusão Fiat-Chrysler repercutiu no salão e a empresa falou pela primeira vez em uma fábrica brasileira, sem pormenores. Certamente ficará em Goiana (PE) e os produtos serão Jeep, conforme essa coluna já adiantou.

Detroit também viu novidades bem interessantes. Destaque para a classuda versão Targa do Porsche 911, agora com teto central de lona e escamoteamento elétrico. BMW mostrou o Série 2 (cupê do Série 1) e motores 6-cilindros em linha (no lugar dos V-8) nos sedãs “superardidos” M3 e M4. Corvette Z06 com seu V-8 de 625 cv/87 kgf∙m, surpreendeu por oferecer, além de câmbio automático de oito marchas, um manual de sete marchas, visto antes apenas no 911.

Entre carros-conceito, Audi e Volvo sobressaíram com Allroad Shooting Brake e XC que antecipam os futuros Q1 e XC90, respectivamente. Toyota ousou ao mostrar o modelo esporte FT-1, que inclui vidro no capô para exibir o motor (pode ser V-6 ou V-8). Mas há também exagerados, como VW Beetle (Fusca) Dune, cheio de apêndices de dar inveja a “aventureiros” desvairados. Tomara que o czar de design, Walter de’ Silva, não aprove esse cochilo de salão.

GM esteve em dúvida, mas acabou de volta ao segmento das picapes médias com a Chevrolet Colorado, na realidade versão da S10 feita no Brasil e na Tailândia com frente e acabamentos diferentes. Quanto à Cadillac, trocou o estande do grupo por nova posição bem em frente à Mercedes-Benz. Afinal, seus modelos miram diretamente nas marcas premium alemãs. A subsidiária brasileira deve importar ao menos um modelo de sua marca de topo, talvez já no fim do ano.

RODA VIVA

DIFICULDADES cambiais e financeiras na Argentina podem adiar produção do SUV médio Everest, baseado na Ranger, previsto para 2015. Pelo mesmo motivo, Kuga (SUV derivado do Focus) também está sob dúvida. Porém, Ford prepara quatro novidades para o Brasil este ano: compactos Ka (hatch e sedã, cinco e quatro portas), motor 3-cilindros e o novo SUV importado Edge.

DIETER ZETSCHE, presidente mundial da Daimler, disse a jornalistas no Salão de Detroit que planos da Mercedes-Benz no Brasil vão além dos dois modelos já anunciados: Classes C e GLA. Reafirmou cautela na escolha de futuros produtos, depois dos percalços do Classe A nacional. Para a coluna, embora esse novo hatch não esteja descartado, sedã CLA parece bem cotado.

ABEIVA, que reúne marcas sem produção no Brasil, deseja mudar e abrigar sócios que terão fábricas no País: Chery, JAC e Land Rover. Estas avaliam que não teriam voz ativa na Anfavea, onde só cinco empresas se revezam na presidência, apesar de sua decisões por “consenso”. Na Argentina, Adefa tem rodízio anual por ordem alfabética de todos os membros.

ANTIGO Uno Mille, fora de produção desde dezembro último, passou o indesejado troféu de automóvel mais antigo do mundo em fabricação contínua ao mexicano Nissan Tsuru. Esse ancestral do Sentra, se não for descontinuado, entra agora no 30º ano de vida. Coincidentemente, Lada Samara foi contemporâneo do Uno, lançado em 1984, e também saiu de linha ano passado.

CORREÇÃO: segundo modelo a assumir a liderança, em 2013, de um dos segmentos da coluna Alta Roda, publicada na semana passada, foi o médio-compacto Civic. O outro, monovolume compacto Spin, foi citado corretamente. O C4 Picasso, monovolume médio, já havia liderado sua classe em 2012.

____________________________________________________

fernando@calmon.jor.br e www.twitter.com/fernandocalmon

Lançamento: Mercedes-Benz CLA 200 Turbo 1st Edition

CLA (3)Mercedes inicia as vendas do CLA 200 Turbo, o carro tem motor 1.6L de 156 cv, transmissão automatizada de dupla embreagem e 7 velocidades, entre outros itens

Por: Edison Ragassi/ Fotos: Divulgação

Em São Bernardo do Campo (SP), a Mercedes-Benz mostrou dia 22 de janeiro para a imprensa especializada o CLA 200 Turbo 1st Edition, uma edição especial de lançamento preparada para o Brasil.

CLA (9)Com este modelo, a fabricante alemã pretende conquistar o público jovem. Por isso o visual prima pela esportividade.Vincos acentuados no capô, laterais e traseira, reforçam a proposta. A grade dianteira é cromada e prateada na forma de diamante. Os faróis são bi-xenônio com LEDs das luzes de condução diurna posicionados dentro do conjunto ótico. Sem a coluna central, o teto ressalta uma curvatura acentuada na traseira, assim o CLA é chamado de cupê quatro portas.

CLA (6)O painel de instrumentos incorpora cinco saídas de ar redondas, que remetem a turbinas de jato. O display com 17,8 cm, que se eleva ao centro, tem painel dianteiro em laca preto-piano e moldura prateada e, além de permitir controlar várias funções do carro, como o ar-condicionado digital, integra o Comand Online, que oferece navegação por GPS e acesso à internet por meio de browser e aplicativos especiais da Mercedes-Benz.

CLA (7)O sistema multimídia aceita DVD, CDs, dispositivos USB e Sd-card. A conexão Bluetooth permite integrar todas as funcionalidades de telefones celulares e a execução de músicas por meio de streaming.

Bancos integrais na frente e atrás, com acabamento em couro sintético ÁRTICO e tecido, para dar o tom de esportividade. O assento traseiro privilegia os espaços laterais (tipo 2+1). Costura pespontada colorida é disponibilizada de acordo com as opções selecionadas para o acabamento interno.

CLA (8)O padrão de acabamento dos bancos é replicado nos painéis internos das portas, que combina o couro sintético ÁRTICO com frisos cromados. A forração do teto é preta. Equipado com um pacote de luzes internas com 17 pontos de iluminação, as soleiras em alumínio também são iluminadas.

Entre os equipamentos de série utiliza teto solar panorâmico, direção eletromecânica Direct Steer, ESP (electronic stability control - programa eletrônico de estabilidade), sistema de detecção de sonolência ATTENTION ASSIST (assistente de atenção).

CLA (5)Tem também, sistema de frenagem adaptativo o qual concentra, além das funções básicas, o controle eletrônico de estabilidade, controle de tração, assistente de partida em subidas, pré-carregamento em situações de emergência, secagem automática na chuva e a função HOLD, que mantém o carro parado no tráfego sem necessidade de o motorista manter o pedal do freio acionado.

Tem comprimento de 4.630 mm, largura de 2.032 mm e altura de 1.432 mm. A capacidade volumétrica do porta-malas é de 470 litros e o tanque de combustível recebe até 56 litros.

CLA (10)As suspensões são independentes, dianteira tipo McPherson e traseira com braços múltiplos em alumínio, três elementos de controle e um braço de arrasto por roda.

Equipado com propulsor 1.6L turbo com injeção direta de combustível, entrega 156 cv de potência a 5.300 rpm, seu torque é de 25,5 kgfm, disponível entre 1.250 e 4.000 rpm. A tração é dianteira e a transmissão automatizada de 7 velocidades e dupla embreagem (7G-DCT).

CLA (2)A Mercedes-Benz do Brasil importará 1.400 unidades do modelo, o qual tem preço sugerido para venda de R$ 150.500. As peças de reposição também são importadas da matriz, a qual disponibiliza pacotes com preços diferenciados. Não há planos de nacionalizar itens, porém para a reposição de baterias, pneus e óleo foram homologados fornecedores nacionais.

sábado, 18 de janeiro de 2014

VENCEDORES E VENCIDOS

CARTAO_FINAL.indd

Por: Fernando Calmon

Foto F. Calmon 19 - médiaDepois de um primeiro semestre forte, 2013 terminou com números de venda acumulados inferiores a 2012 entre automóveis e veículos comerciais leves. Nos 17 segmentos em que a coluna divide o mercado interno, a liderança só mudou em dois: monovolumes pequenos e médios com ascensão de Spin e C4 Picasso, respectivamente.

Houve diferenças pequenas de percentuais de participação dos líderes entre compactos (Gol/Voyage), médio-compactos (Civic) e grandes (BMW Séries 5/6). Na categoria mais importante (hatches e sedãs compactos somados), o Gol completou 27 anos de liderança como modelo mais vendido, independentemente da ajuda da sua versão sedã, o Voyage.

Outros campeões de seus segmentos seguiram inabalados: Fusion, Panamera, SpaceFox, Strada, S10, EcoSport, Tucson/ix35, Hilux SW4, Pajero Full/Dakar e BMW Z4. O mercado também esvaziou, ainda mais, dois segmentos: stations e monovolumes médios que por terem baixa oferta de opções tendem a desaparecer do ranking da coluna.

Concorrência cada vez mais apertada indica duas tendências: novos itens de série disponibilizados sem repasse integral aos preços e garantia completa de três anos para a maioria das marcas. Curioso é o fato de a Fiat, líder de vendas, só agora oferecer três anos de garantia para motor e câmbio, quando a VW resolve estender esse prazo para o veículo inteiro.

Classificação que se segue segmenta a oferta por distância entre eixos, largura e, secundariamente, preço. A base é o percentual de emplacamentos nacionais de modelos mais representativos (hatches e sedãs somados). Paulo Garbossa, da ADK, compilou os dados seguindo os critérios da coluna.

Compactos: Gol/Voyage, 15,4%; Palio/Siena, 13,8%; Uno/Mille, 8,3%; Onix/Prisma, 8,2%; Fiesta hatch/sedã, 7,8%; HB20/X/S, 7,1%; Fox/CrossFox, 5,8%; Logan/Sandero, 5,6%; Classic, 4%; Celta, 3,3%; Etios hatch/sedã, 2,8%; Cobalt, 2,7%; Punto/Linea, 2,1%; March/Versa, 2%; 207/208, 1,6%; C3/DS3, 1,5%; Clio, 1,4%; Agile, 1,3%; City, 1,2%; Ka, 1,1%. Gol/Voyage pressionados.

Médio-compactos: Civic, 20%; Corolla, 18%; Cruze hatch/sedã, 16%; Golf/Jetta, 9,2%; Focus hatch/sedã, 9,1%; Peugeot 308/408, 5%; Fluence, 4,5%; C4/Pallas/DS4, 3,4%; i30/Elantra, 3,3%; Bravo, 3 %. Civic líder, apertado.

Médio-grandes: Fusion, 32%; BMW 3, 24%; Mercedes C, 16%; Azera, 7%. Fusion avançou mais.

Grandes: BMW 5/6, 29%; Mercedes E/CLS, 28%; Chrysler 300 C, 14%. Briga boa pela ponta.

Topo: Panamera, 29%; Equus, 18%; BMW 7, 15%. Panamera ainda tranquilo.

Stations: SpaceFox, 47%; Palio Weekend, 36%; Freemont/Journey, 14%. Segmento estagnado.

Monovolumes pequenos: Spin, 32%; Fit, 31%; Idea, 18%. Disputa equilibrada.

Monovolumes médios: C4 Picasso, 36%; J6, 31%; Mercedes B, 22%. Líder se firmou.

Picapes pequenas: Strada, 50%; Saveiro, 30%; Montana, 19%. Strada inabalável.

Picapes médias: S10, 30%; Hilux, 24%; Amarok, 13%. S10 mais uma vez.

Utilitários esporte compactos: EcoSport, 49%; Duster, 37%; TR4, 7%. Liderança de volta.

Utilitários esporte médio-compactos: Tucson/ix35, 31%; ASX, 12%; Sportage, 11%. Líderes tranquilos.

Utilitários esporte médio-grandes: Hilux SW4, 41%; Santa Fe, 13%; Trailblazer, 11%. Sem ameaças.

Utilitários esporte grandes: Pajero Full/Dakar, 43%; Edge, 21%; Discovery, 10%. Também não muda.

Esporte: BMW Z4, 40%; Boxster/Cayman, 29%; 911, 9%. Resultado consolidado.

RODA VIVA

NOVO up! chega em fevereiro e VW espera surpreender os concorrentes. Apostas indicam que o preço será igual ao do extinto Gol G4 de quatro portas (ainda à venda até o fim dos estoques) acrescido do custo de airbags e ABS. Isso significa algo em torno de, no máximo, R$ 28 mil na versão de entrada.

CONFORME esperado, Fiat manteve tradição do Mille e oferece o carro mais barato entre os produzidos no Brasil: Palio Fire, entre R$ 24.000 (2 portas) e R$ 26.000 (4 portas). Além de alterações cosméticas internas e externas e dos novos itens de segurança, teve garantia para componentes de motor e câmbio ampliada de um para três anos. Garantia total custaria por volta de R$ 500,00, se existisse.

ENTRE os pontos altos da sétima geração do Sentra (terceira no Brasil) está o acerto de suspensão bem melhor que o anterior. Houve cuidados com detalhes como maçanetas grandes e cromadas, plástico suave ao toque extensivo ao console central, GPS, câmera de ré e aerodinâmica melhorada (CX evoluiu de 0,34 para 0,29). Falta potência, mas a economia de combustível surpreende (apesar de maior, o carro pesa menos 33 kg) e pode rodar a 120 km/h a apenas 2.000 rpm. Preço-benefício dos melhores entre os japoneses do segmento.

CURIOSIDADE em relação ao novo Mustang. Em 1974, a primeira crise do petróleo levou a Ford a oferecer motor de 4 cilindros, 2,3 litros, de início aspirado e depois turbocompressor (ainda com carburador). Esse motor foi produzido no Brasil e largamente exportado para EUA, Europa e Argentina. O modelo atual estreia agora no Salão de Detroit e é o primeiro 4-cilindros, com turbo e injeção direta.

____________________________________________________

fernando@calmon.jor.br e www.twitter.com/fernandocalmon

Chery encerra as vendas do S-18 e Cielo

19Na sexta-feira 17/01, a Chery do Brasil distribuiu um comunicando informando que a partir de fevereiro encerra as vendas dos modelos S-18 e Cielo em território nacional.

Segundo a empresa, a medida integra a nova estratégia de mercado da fabricante chinesa, que agora está focada na produção nacional de seus modelos.

1O objetivo da Chery é priorizar, cada vez mais, os seus modelos base de comercialização a partir do início da produção na fábrica, a qual está em fase de finalização na cidade de Jacareí, interior de São Paulo.

A empresa esclarece ainda que, mesmo com o fim da comercialização do S-18 e do Cielo, os proprietários desses veículos terão acesso a todos os procedimentos de pós-venda, desde manutenção preventiva a troca de peças, pelo tempo que for necessário.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Comparativo: Fiat Bravo/ Novo Focus

DSC05705IMG_8970

O Bravo da Fiat e Novo Focus disputam a atenção dos consumidores de hatchs médios, ambos trazem direção elétrica, duas versões de motores e no Fiat há três tipos de transmissões

Por: Edison Ragassi/ Fotos: Estúdio Prána

Em novembro de 2011, a Fiat lançou o Bravo. Ele chegou para substituir o Stilo. Trouxe arquitetura evoluída do antecessor, mas sem compartilhar peças.

DSC05712Em dimensões, o médio da Fiat tem comprimento de 4.336 mm, com largura de 1.792 mm, distância entre os eixos de 2.602 mm e altura de 1.508 mm. No porta-malas, a capacidade volumétrica é de 400 litros, sem rebater os bancos e o tanque de combustível recebe 58 litros.

Desde a chegada, o carro da Fiat tem como concorrente o Focus. Em setembro deste ano, a Ford lançou a nova geração do modelo. Fabricado na Argentina, segue a tendência de globalização da empresa, o Novo Focus teve a arquitetura evoluída. Recebeu novo design, com linhas fluidas e o interior foi redesenhado.

IMG_8995Seu comprimento é de 4.358 mm, para uma distância entre os eixos de 2.648 mm. A largura é de 2.010 mm e a altura de 1.484 mm. No compartimento de carga traseiro recebe 316 litros sem rebater os encostos e o tanque tem capacidade para 55 litros.

DSC05747Para o Bravo há duas opções de motores, as versões Essence, Absolute e Sporting vêm equipadas com o 1.8 16V E.torQ, o câmbio de 5 marchas pode ser manual, ou automatizado Dualogic. Sua potência é de 130 cv (G)/ 132 cv (E), disponíveis a 5.250 rpm. Seu torque máximo é de 18,4 kgfm (G)/18,9 kgfm (E), a força total esta disponível a 4.500 rpm.

E a topo de linha T-Jet usa propulsor 1.4L 16V turbo movido a gasolina. Ele entrega 152 cv de potência a 5.500 rpm e 21,1 kgfm de torque a 2.250 rpm, o câmbio é de seis marchas.

DSC05879No veículo Fiat, o sistema de suspensão dianteira é do tipo McPherson com rodas independentes, braços oscilantes em aço estampado fixados ao sub-chassi, com barra estabilizadora. Os amortecedores são hidráulicos, telescópicos de duplo efeito e molas helicoidais. A traseira usa suspensão com rodas semi-independentes, travessa de torção de seção aberta, barra estabilizadora e o mesmo tipo de molas e amortecedores da parte frontal. A direção é elétrica com pinhão e cremalheira.

IMG_9023O hatch médio Ford usa o propulsor feito em alumínio Sigma 1.6 TiVCT Flex com 16 válvulas, comando variável, o qual entrega 131 cv (G)/ 135 cv (E) de potência. Seu torque é de 16,20 kgfm a 3.000 rpm (G)/ 16,69 kgfm a 5.250 rpm (E). Ele usa sistema Easy-Start, que dispensa o tanquinho de partida a frio. São duas as opções de câmbio, o manual de cinco velocidades (IB5) e automático de 6 marchas com dupla embreagem (PowerShift).

No Novo Focus, a fabricante estreia o motor Duratec 2.0 Direct Flex, com sistema de injeção direta de combustível e sem o tanquinho de partida a frio. O bloco é de alumínio, 16 válvulas, usa comando variável. Sua potência é de 178cv (E)/175 cv (G) a 6.500 rpm e torque de 22,54 kgfm (E) /21,52kgfm (G) a 4.500 rpm. Com este motor só há opção de câmbio automático.

IMG_9073Os sistemas de suspensões são independentes no Novo Focus, a dianteira é do tipo McPherson e a traseira Multilink e a direção tem auxilio elétrico.

DSC05869IMG_9105

Os freios utilizados no Bravo são a discos ventilados na dianteira e discos sólidos na traseira, enquanto que o Novo Focus têm tambor traseiro na versão S e discos nas quatro rodas nas opções SE e Titanium.

DSC05825

O modelo de entrada do Bravo, Essence com motor 1.8 16V e transmissão manual tem preço sugerido de R$54.750, com câmbio Dualogic custa R$ 57.307, ele traz: direção elétrica Dual Drive, rodas de liga leve 16", HSD – air bag duplo e ABS com EBD, volante de couro com comandos do rádio - 6 botões, retrovisores externos, vidros dianteiros e traseiros elétricos.

DSC05802

Recentemente, a Fiat lançou a série especial Wolverine, o kit de customização custa R$3.000,00, ele inclui: Blue & Me, sensor de estacionamento, Kit High Tech (sensores de chuva, crepuscular e espelho retrovisor interno eletrocrômico). Na parte externa: faixas laterais com a logomarca do filme Wolverine – Imortal, minissaias laterais na cor do veículo, spoiler traseiro esportivo na cor do carro, faróis com máscara negra, rodas em liga leve 17” exclusivas, soleiras nas portas, bancos dianteiros com logo Wolverine bordado, tapetes em carpete com bordado Wolverine e chaveiro exclusivo.

DSC05848

E assim ele vai a R$57.750. A opção Sporting custa R$59.970, ao adicionar o câmbio Dualogic chega a R$62.901, entre os itens de série é equipado com: teto solar elétrico Skydome, rodas de liga leve 17” com acabamento esportivo, suspensão esportiva, minissaias laterais na cor do veículo, spoiler traseiro e faróis com máscara negra.

DSC05726A versão Absolute Dualogic sai por R$ R$62.900, ela traz: volante com alavanca de seleção das marchas tipo borboleta, ar condicionado automático dualtemp, rodas de liga leve 17” e sistema Blue&Me. E o modelo T-Jet tem preço sugerido de R$68.500, com: teto solar, elétrico Skydome, rodas de liga leve 17” exclusivas, ar condicionado automático dualtemp, sistema Blue&Me e Hill Holder (sistema de auxilio em rampa).

IMG_9029O Novo Focus com motor 1.6L custa R$ 60.990 na versão S, ele tem: SYNC MEDIA SYSTEM (Radio AM/FM, CD player MP3, USB/iPod, Bluetooth, tela de LCD multifuncional no painel central de 3.5”, 4 alto-falantes e 2 tweeters e comandos de voz com funções de áudio e telefone), dois air bags (frontais), freios ABS com EBD, rodas de liga leve 16” e ar condicionado.

IMG_9067

Com transmissão PowerShift o preço é de R$66.990, neste caso é incluído Assistente de Partida em Rampa (HLA), AdvanceTrac - Controle eletrônico de estabilidade (ESC) e tração (TCS) e sistema de aviso de pressão baixa dos pneus. No acabamento SE o valor cobrado é de R$ 63.990 (transmissão manual), além dos itens da opção S é colocado: bancos e volante revestidos parcialmente em couro, tela de LCD multifuncional colorida no painel central de 4,2”, 4 air bags- frontais e laterais, sensor de estacionamento traseiro, piloto automático, limitador de velocidade e farol de neblina dianteiro. Com câmbio PowerShift custa R$ 69.990, inclui HLA, AdvanceTrac e aviso de pressão dos pneus.

IMG_9035Com propulsor 2.0 Direct Flex, que usa transmissão automática, custa R$ 72.990, ele começa na versão SE, além dos itens da opção SE 1.6 PowerShift traz: rodas de liga leve 17”, ar condicionado automático e digital com controle individual de temperatura para motorista e passageiro. O SE PLUS 2.0 PowerShift custa R$79.990, tem a mais, 6 air bags (frontais, laterais e de cortina), chave com sensor de presença– Ford Power, sensor de chuva, acendimento automático de faróis, espelho retrovisor interno eletrocrômico e retrovisores externos com rebatimento elétrico.

IMG_9019A topo de linha é a opção Titanium sai por R$ 87.990, além de todos os itens citados é equipado com: sistema de estacionamento automático (Active Park Assist), sensor de estacionamento dianteiro, faróis de Xenon, luzes diurnas de LED, banco do motorista com regulagem elétrica em 6 posições e teto solar.

O segmento de hatchs médios é muito importante para as fabricantes de veículos, pois têm um bom valor agregado e proporcionam bons lucros.

Colaboraram: Fiat Automóveis, Ford Motor Company, Concessionária Fiat Itavema- Itaim e Concessionária Ford Navesa- Giovanni Gronchi

Custos de peças e serviços: Fiat Bravo 1.8L

Amortecedores dianteiros: R$ 296,63- cada

Serviço: R$ 197,10

Amortecedores traseiros: R$ 169,68

Serviço: R$ 120,45

Discos de freios dianteiros: R$ 241,71- cada

Serviço: R$ 153,30

Jogo de pastilhas dianteiras: R$ 335,27

Serviço: R$ 120,45

Discos de freios traseiros: R$ 192,28- cada

Serviço: R$ 240,00

Jogo de pastilhas traseiras: R$ 498,03

Serviço: R$ 197,10

Óleo/ litro: R$ 37,00

Serviço: R$ 75,00

Filtro de óleo: R$ 31,80

Serviço: R$ 75,00

Filtro de ar: R$ 40,01

Serviço: R$76,65

Filtro de combustível: R$ 18,07

Serviço: R$ 65,70

Filtro anti-polén: R$ 115,64

Serviço: R$ 44,00

Vela: R$ 83,56- jogo

Serviço: R$ 55,00

Custos de peças e serviços: Novo Focus 1.6L

Amortecedor dianteiro: R$230,00- Lado direito/ 278,80- Lado esquerdo

Serviço: R$ 162,00- cada

Amortecedor traseiro: R$272,50- cada

Serviço: R$90,00- cada

Disco de freio dianteiro: R$299,80 - cada

Serviço: R$ 198,00

Jogo de pastilhas dianteiras: R$265,00

Serviço: R$ 162,00

Disco de freio traseiro: R$246,30

Serviço: R$ 198,00

Jogo de pastilhas traseiras:R$195,00

Serviço: R$ 162,00

Óleo/ litro: R$ 37,53

Filtro de óleo: R$21,00

Filtro de ar: R$73,00

Filtro de combustível: R$37,00

Filtro anti-polén: R$80,00

Serviço: R$ 72,00

Vela: R$17,60- cada

Serviço: R$ 180,00

*Na primeira e segunda revisão não é cobrado o custo do óleo, filtro de óleo, filtro de ar e filtro de combustível

COMBUSTÍVEL MAIS LIMPO

Logo_Alta_Roda[3]

Por: Fernando Calmon

FOTO_F~2Ofuscada pela celeuma irresponsável sobre a (quase) continuidade por mais dois anos de produção de modelos sem airbags e ABS de série, uma ótima notícia passou praticamente despercebida. Desde 1º de janeiro último toda a gasolina comercializada no Brasil terá teor de enxofre de apenas 50 ppm (partes por milhão) ou S-50.

Antes a especificação da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) era de absurdas 800 ppm, embora a Petrobrás já viesse reduzindo bastante essa carga ao longo dos anos. Ajudou a mistura com etanol que tem zero de enxofre.

Os benefícios atingem motores futuros, com tecnologias avançadas (injeção direta estratificada, por exemplo, diminui consumo) e os atuais. Nestes haverá redução de depósitos e contaminação do óleo, diminuição de poluentes, além de menor teor de aromáticos e olefínicos.

Por fim, a gasolina S-50 é menos sujeita à oxidação e à consequente formação de goma e seus depósitos indesejáveis. Oxidação, fenômeno natural de envelhecimento do combustível, pode ser retardada em no mínimo três vezes (de três meses para nove meses ou mais).

Desentendimento inacreditável entre ANP e Petrobras adiou por 18 meses (até julho de 2015) a aditivação obrigatória de toda a nova gasolina, hoje opcional. A Agência quer adição feita nas refinarias (monopólio da estatal) e a empresa desejava empurrar para as distribuidoras. Como a regulamentação é de 2009, dá para ver mais uma vez como o governo federal administra mal suas próprias decisões.

Graças a essa gasolina de maior qualidade as operações (desnecessárias na maioria das vezes) de limpeza de válvulas injetoras e corpo de borboleta perderão o sentido. Era hora também de pelo menos dois fabricantes, Ford e VW, cancelarem a discutível troca de óleo do motor a cada seis meses. Trata-se de desperdício financeiro para os motoristas, com reflexos ambientais. Assim, o combustível fóssil se alinha às melhores especificações mundiais, embora alguns países já ofereçam a S-10 – 10 ppm de enxofre (no Brasil só a gasolina Podium, da Petrobras).

Por outro lado não se cogita de incentivar o aumento de eficiência energética no uso de etanol em motores flex. Estudo interessante foi apresentado em recente seminário do Instituto Nacional de Eficiência Energética. Entre 1983, quando se criou o primeiro programa de economia de combustível, e 2013 o consumo médio de gasolina dos motores dos quatro maiores fabricantes evoluiu 21% e o de etanol, apenas 7%. A comparação em MJ/km, mais adequada por compensar a diferença de conteúdo energético entre os dois combustíveis, mostrou que a média atual favorece em 1,5% o uso de gasolina nos motores flex. Como se trata de média há motores melhores e piores, quanto a esse indicador.

No programa Inovar-Auto, cujo maior mérito é impor menor consumo, erroneamente não há distinção das metas entre os dois combustíveis. Já se sabe que tecnologias como injeção direta e turbocompressor são favoráveis ao etanol em motores flex. Isso acaba de se comprovar na unidade turboflex do BMW 320i. Embora sem fornecer dados de consumo, a fábrica estima que bastam 25% de diferença no preço dos postos para garantir menor custo/km ao rodar com etanol.

RODA VIVA

BARREIRA mágica de quatro milhões em vendas anuais de veículos não se atingiu em 2013 e nem se prevê este ano. Em relação a 2012 houve queda de 0,9% (veículos leves e pesados somados). As 3,76 milhões de unidades (nacionais e importadas) interromperam a trajetória de nove anos de licenciamentos recordes. Anfavea espera que o mercado cresça só 1,1% em 2014.

PELO menos em 2013 foram dois recordes. Produção cresceu 9,9%, para 3,74 milhões de unidades, graças à substituição de produtos importados e ao grande salto de 26,5% nas exportações (563.000 unidades). Mercado externo ainda está longe das 900.000 unidades de 2005. Mas em valores (US$ 16,5 bilhões), novo recorde, graças às autopeças e máquinas agrícolas.

AGORA que a Fiat adquiriu controle de 100% da Chrysler abre-se caminho para a completa fusão. A empresa americana, hoje, é lucrativa graças à rápida recuperação do seu mercado interno. O grupo italiano ainda é deficitário, mas passa a ter acesso total ao caixa da Chrysler. Grande alívio para a Fiat, que poderá depender menos de resultados no Brasil.

CARLOS GHOSN, principal executivo da aliança Renault-Nissan, veio ao Brasil para anunciar produção de motores Nissan na nova fábrica do March/Versa, em Resende (RJ), a inaugurar em abril próximo. Essa coluna antecipara a informação há mais de um ano. Produção, por enquanto, será apenas do motor de 1,6 litro; o de 1 litro continuará vindo da Renault.

FINALMENTE garantia total de três anos começa a ser regra no Brasil. VW anunciou ampliação (antes limitada a motor/câmbio) aos veículos produzidos aqui. Ficaram de fora apenas Saveiro (veículo comercial) e modelos que saíram de linha (Gol G4 e Kombi) ou estão saindo em 2014 (Golf antigo e Polo). Outras marcas terão que acompanhar.

____________________________________________________

fernando@calmon.jor.br e www.twitter.com/fernandocalmon