segunda-feira, 28 de julho de 2014

TROLLER FOI MAIS LONGE

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Por: Fernando Calmon

FOTO_F~2 Sempre se costuma perguntar a razão de o Brasil não ter nenhuma marca de automóvel, utilitário ou comercial leve de origem genuinamente nacional. Afinal, como quarto maior mercado interno no mundo (e caminhando para terceiro, deve passar o Japão, mas pode voltar à quarta posição se a Índia deslanchar) as condições estariam dadas. Tentativas foram feitas, mas mesmo que vingassem seria bastante difícil sobreviver.

Indústria automobilística é bem mais complexa do que parece. Está muita sujeita a altos e baixos da economia e a regulamentações severas de segurança e emissões, além dos riscos industriais da produção seriada, entre eles o dos recalls. Por isso, várias marcas sucumbiram ou foram anexadas. Até hoje o cenário mundial não aparenta estar consolidado (ver abaixo em Roda Viva).

Nesse cenário a marca nacional que chegou mais longe foi justamente a que é sediada mais distante dos grandes centros consumidores, a Troller. Fundada em 1995, em Horizonte, a 40 km de Fortaleza (CE), pelo engenheiro cearense Rogério Farias, se especializou em utilitários parrudos para o fora-de-estrada. Produziram-se em torno de 10.000 unidades em 19 anos. Desde 2007 a marca se desnacionalizou – pertence à Ford –, porém sobrevive. O interesse se deu pelos incentivos fiscais criados para apoiar a descentralização da indústria em direção ao nordeste e centro-oeste.

Incentivos, aliás, há em todos os países. Só recentemente veio à tona o volume fabuloso de recursos que estados menos desenvolvidos nos EUA concederam às marcas japonesas, “convencidas” a se instalar no país depois de enfrentarem cotas de importação. O fato é que, por décadas seguidas, os estímulos retornam em valores muito superiores aos doados. No ano que vem se encerram as vantagens recebidas pela Ford (inclusive na baiana Camaçari), enquanto a Troller inicia agora outra fase com o novo T4 lançado semana passada.

Investiram-se R$ 215 milhões para aumentar a produção de 1.200 unidades/ano para 3.000/ano em apenas um turno com 400 empregos diretos. O processo produtivo em compósito de fibra de vidro para a carroceria é mais moderno e inclui seis robôs. O T4 foi totalmente reformulado, inclusive no estilo, que pode ser discutível, mas sem abrir mão de forma e função, hoje tão maltratadas em pseudoaventureiros que contaminam as ruas e estradas por puro modismo.

O novo Troller tem entre-eixos aumentado (agora 2,58 m), o que melhorou espaço para as pernas atrás, embora o acesso continue difícil como se espera de um veículo alto e de duas portas. O ângulo de saída passou para 51°, ou 14° a mais que o modelo anterior. Agora conta com motor Diesel 5-cilindros de 200 cv/48 kgf.m e câmbio manual de seis marchas, formando um conjunto mais silencioso e de alto desempenho com tração 4x4 temporária, reduzida e diferencial traseiro autobloqueante.

Preço é puxado – R$ 110.990; anterior R$ 97.000 –, porém seu público-alvo já tem dois outros veículos na garagem e concorrente direto, o americano Jeep Wrangler, não sai por menos de R$ 155.000 (gasolina). O preço inclui ar-condicionado digital bizona, computador de bordo, sistema de som (CD Player MP3), dois tetos solares fixos, rodas de aro 17 pol, proteções de partes inferiores e freios ABS específico para fora de estrada, entre outros recursos. Há mais de 130 itens de acessórios homologados.

Regulamentação do Contran dispensa instalação de airbags, mas uma futura versão de visual “civil” vai dispor das bolsas de ar, desativáveis por chave em caso de uso severo em baixas velocidades.

RODA VIVA

RUMORES sobre possível aquisição do grupo Fiat Chrysler pelo Grupo VW repercutiram no mundo, apesar dos esperados desmentidos. Conversas sempre há, no caso alimentadas pelo “desânimo” de famílias europeias com o negócio de automóveis, que já atingiu a Peugeot Citroën e alegadamente também a Fiat. No entanto, pode haver mais contras do que prós, segundo a maioria dos analistas.

CURIOSAMENTE, um dos obstáculos estaria no Brasil, pois enfrentaria óbices regulatórios de defesa da livre concorrência, situação inexistente nos tempos da Autolatina (Ford e VW fundiram suas filiais aqui em 1987). Há quem desconfie de que apenas a Alfa Romeo seria vendida à VW, pois a terceira tentativa de relançar a antiga marca de prestígio italiana não se mostraria viável e até atrapalharia o grupo ítalo-americano.

JAPÃO decidiu encerrar os incentivos específicos para seus microcarros urbanos – chamados lá de kei jidosha ou carros básicos, que usam motores de apenas 660 cm³, a maioria com turbo – por motivos fiscais e de distorções de mercado. Espera-se, em razão de preço, que se vendam menos veículos no país. Dessa forma, o Brasil chegaria à terceira posição no ranking mundial mais cedo.

PESQUISA feita nos EUA aponta que o advento da internet e as facilidades de pesquisas de modelos e preços levaram os compradores a visitar menos concessionárias antes de fechar o negócio. Antes, até seis lojas eram percorridas e agora, no máximo, duas.

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fernando@calmon.jor.br e twitter.com/fernandocalmon

Lançamento: Novo Troller T4

Troller T4_29Veículo 4X4 passa a ser fabricado em nova arquitetura, ganhou trem de força mais potente e visual moderno

Por: Edison Ragassi/ Fotos: Divulgação

Em Fortaleza (CE), a Troller reuniu a imprensa especializada brasileira, dia 16/07 e lançou o Novo T4. O fora de estrada foi projetado no Centro de Design e Engenharia de Camaçari, na Bahia, pois a empresa pertence ao grupo Ford.

Troller T4_26A mudança visual privilegiou a robustez, a nova carroceria é maior que a anterior, cresceu no comprimento, o total agora é de 4.095 mm, a largura é de 1.977 mm, a altura passou a ser de 1.966 mm e a distância entre os eixos foi para 2.585 mm. Isso ampliou o espaço interno, reduziu o balanço externo da carroceria, o que melhorou os ângulos e entrada e saída em obstáculos.

Troller T4 Bancos Painel (2)O interior também é novo, feito com matérias laváveis, assoalho plano para que a água escorra com facilidade e ganhou equipamentos como o ar condicionado dual zone e sistema de som com Bluetooth.

A nova geração do off road passa a usar o motor Ford Duratorq 3.2 turbodiesel de 5 cilindros e 20 válvulas. Ele entrega 200 cv de potência e 470 Nm de torque disponíveis entre 1.750 e 2.500 rpm. A transmissão é manual de seis velocidades, com comando eletrônico de tração, diferencial traseiro autoblocante e freio a disco nas quatro rodas com sistema ABS e EBD.

Troller T4 CD Player02O modelo não utiliza air bag porque existe legislação especifica para veículos fora de estrada, e o equipamento não é obrigatório. O Troller da geração anterior era comercializado por R$96.844, a nova chega custando R$110.990, com três anos de garantia.

Troller T4_05Com estas mudanças a expectativa é de que as vendas cheguem a 3.000 unidades ao ano.

O Troller tem clientes apaixonados pela marca, os quais, segundo a Ford, chegam a ter três deles na garagem. Mas também é utilizado para o trabalho, por empresas como companhias de força e luz que necessitam de veículos para ultrapassar terrenos acidentados.

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terça-feira, 15 de julho de 2014

Lançamento: Novo Renault Sandero

Novo Sandero 2015 - Foto: Luiz Costa / Agência La Imagem.O hatch compacto passa a ser fabricado em nova arquitetura, recebeu design esportivo, modificações internas e novos ajustes de suspensões

Por: Edison Ragassi/ Fotos: Divulgação

Dia 30 de junho, a Renault mostrou para a imprensa especializada brasileira em Florianópolis (SC), o Novo Sandero. O hatch que estreou no mercado brasileiro em 2007, passou a ser fabricado com outra arquitetura, a mesma do Novo Logan.

Novo Sandero 2015 - Dynamique 1.6 - Foto: Luiz Costa / Agência La Imagem.Na dianteira, os faróis são grandes, embutidos nos para-lamas, no centro o logo da Renault aparece em destaque. O para-choque na mesma cor do veículo completa o conjunto frontal, ele usa no uma grade preta para reforçar a esportividade.

Novo Sandero 2015 - Dynamique 1.6 - Foto: Luiz Costa / Agência La Imagem.Nas laterais, os para-lamas são ressaltados e os vincos aparecem nas partes inferiores das portas. A traseira tem o vidro reto em cima e arredondado na parte debaixo, as lanternas não invadem a tampa, são encaixadas nas laterais e o para-choque da mesma cor do veículo parece formar uma só peça.

Novo Sandero 2015 - Dynamique 1.6 - Foto: Luiz Costa / Agência La Imagem.No interior, o painel ganhou novo design feito de material mais agradável ao tato. O volante é de três raios, o quadro de instrumentos usa iluminação branca com três mostradores redondos. Conta-giros e velocímetro são analógicos, já o indicador do nível de combustível e computador de bordo aparecem em um mostrador digital, há também o indicador de trocas de marchas. A nova arquitetura permitiu mudanças estruturais, assim, são novos os sistemas elétrico, de freios, direção e suspensões.

Novo Sandero 2015 - Dynamique 1.6 - Foto: Luiz Costa / Agência La Imagem.A versão Authentique com motor 1.0 16V Hi-Power de 80 cv (E)/ 77 cv (G) a 5.750 rpm e torque máximo de10,5 kgfm (E)/ 10,2 kgfm (G) a 4.250 rpm, é comercializada ao preço de R$29.890 e R$32.620 com ar-condicionado. Ele tem direção hidráulica, volante com regulagem da altura, ar quente, desembaçador do vidro traseiro, brake light, rodas de aço 15’’ com pneu 185/65, retrovisor com regulagem interna, aberturas internas do porta-malas e reservatório de combustível.

Novo Sandero 2015 - Espression 1.0 - Foto: Luiz Costa / Agência La Imagem.A opção Expression com a mesma motorização custa R$34.990 e tem a mais o ar condicionado, rádio CD MP3 2 DIN com entrada USB, Bluetooth, vidros elétricos dianteiros, travas elétricas das portas, alarme perimétrico, computador de bordo, entre outros.

Novo Sandero 2015 - Dynamique 1.6 - Foto: Luiz Costa / Agência La Imagem.Com motor 1.6 8V Hi-Power, o qual entrega 106 cv (E)/ 98 cv (G) a 5.250 rpm e torque de 15,5 kgfm (E)/ 14,5 kgfm (G) a 2.850 rpm, a versão Expression sai por R$38.590. A topo de linha é a Dynamique, que custa R$42.390, é equipada com ar- condicionado automático, bancos com tecnologia CCT, rodas 15’’ em liga leve, faróis de neblina, vidros elétricos traseiros, controlador de velocidade, luzes indicadoras de direção nos retrovisores, comando elétrico dos retrovisores, banco rebatível 1/3 e 2/3 e volante revestido em couro.

Impressões ao dirigir

Na região do Costão do Santinho, em Florianópolis (SC), a Renault promoveu o teste drive do Novo Sandero. Comparado a versão anterior, a mudança visual foi radical, ganhou as linhas que estrearam no Novo Logan. Frente, lateral e traseira com desenho robusto o que deixou o carro bem mais atraente.

Novo Sandero 2015 - Dynamique 1.6 - Foto: Luiz Costa / Agência La Imagem.Mudaram também a ergonomia dos bancos, tanto do motorista como dos passageiros, eles ficaram mais confortáveis, do tipo que “abraça o motorista”. O painel de instrumentos ganhou nova grafia, é grande, mas ficou um pouco escuro, com sol forte, mesmo com as luzes ligadas, causa algum desconforto.

Novo Sandero 2015 - Dynamique 1.6 - Foto: Luiz Costa / Agência La Imagem.A maior qualidade do Sandero, ou seja, o espaço interno foi preservada, ocupantes dos bancos traseiros e dianteiros conseguem esticar as pernas, o que não é o comum em hatchs deste segmento. Mas o que chamou a atenção no trajeto percorrido foi o folego do propulsor 1.0L 16V.

Novo Sandero 2015 - Dynamique 1.6 - Foto: Luiz Costa / Agência La Imagem.

O acerto de motor e câmbio fez ele ganhar em desempenho, com duas pessoas dentro do carro, ele mostrou que e bom de arranque. Desenvolve velocidade de maneira fácil, tem curva de torque elástica, pois em situações como a de ultrapassar uma lombada, por exemplo, pode ser feito em velocidade média de 40 km/h na terceira marcha, sem ter que mexer na alavanca de mudanças, que ele retoma o aumento da velocidade.

Novo Sandero 2015 - Espression 1.0 - Foto: Luiz Costa / Agência La Imagem.

Em linha reta, ao fazer uma ultrapassagem com velocidade média de 100 km/h, a manobra pode ser realizada com muita tranquilidade, sem a necessidade de mudar a alavanca.

Ele só vai mostrar que se trata de um motor de 1 litro nos trechos mais íngremes, quando é necessário reduzir a marcha. Já a versão 1.6L 8 válvulas, tem também bom arranque, desenvoltura, acelerações rápidas e retomadas em qualquer tipo de rodovia.

Novo Sandero 2015 - Dynamique 1.6 - Foto: Luiz Costa / Agência La Imagem.Por ser fabricado em nova arquitetura, foram feitos acertos e calibragem nas suspensões, os quais atendem bem as necessidades do usuário de um veículo deste porte. Ela consegue ser macia ao ultrapassar por obstáculos corriqueiros como valetas e lombadas, mas também é firme ao enfrentar uma curva. Os freios estão bem calibrados e a relação de marchas curtas deixaram as duas opções de motorização bem espertas.

Quem está acostumado com o Sandero da geração anterior, seja ele com motor 1.0L ou 1.6L irá surpreender-se. Não só pelo novo visual e os materiais de acabamento, mas também pelo desempenho.

Ainda este ano, a Renault vai lançar a opção com transmissão automatizada, desenvolvida por ela, a qual substituirá o modelo de câmbio automático com quatro marchas.

 Novo Sandero 2015 - Foto: Luiz Costa / Agência La Imagem.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

FIM DO PATERNALISMO

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Por: Fernando Calmon

FOTO_F~2Resultados ruins em vendas internas, produção e exportação (unidades) ao final deste primeiro semestre refletem economia fraca, inflação alta e insegurança sobre o futuro. Em relação ao primeiro semestre de 2013, os recuos foram de 7,6%, 16,8% e 35,4%, respectivamente. Tombo foi maior do que se previa no final do ano passado, quando especialistas acreditavam que a economia brasileira cresceria em 2014 um pouco além que os 2,5% de 2013. Agora falam em apenas 1% a mais no PIB.

A própria Anfavea refez suas previsões que se mostraram otimistas demais em dezembro último. Graças à manutenção do IPI parcialmente reduzido, anunciada em 1º de julho, os números no fechamento do ano seriam um pouco menos negativos: 5,4%, 10% e 29%, respectivamente. Ou seja, crescimento no segundo semestre (14,3%, 13,2% e 36,9%, na mesma ordem) compensaria em parte o raquítico início de ano.

Engana-se quem pensa que a volta do IPI cheio resolveria graves problemas fiscais do governo. Cada 1 ponto percentual de aumento na alíquota, reflete-se em acréscimo de preço de 1,1%. Cada 1% no preço resulta em vendas 1,6% menores. Multiplicados os fatores, 1% a mais de imposto, na prática, significa 2,5% de queda no mercado. Em números redondos, 4 p.p. do IPI (de 3% atuais para os 7% originais) repassados aos preços, significariam um mergulho de 10% nas vendas e arrecadação final de impostos menor.

O cenário piorou por uma conjugação de fatores. Produção foi duplamente prejudicada: mercado interno e situação na Argentina que recebe quase 80% dos veículos exportados daqui. Muito se comenta que os feriados da Copa do Mundo prejudicaram as vendas. Porém, se o mercado estivesse aquecido, os compradores apenas teriam adiado sua ida às lojas. Carros não faltam, pois há 45 dias de estoque (30% acima do normal), e as concessionárias conseguem emplacar mais de 15.000 veículos/dia útil. No primeiro semestre foram apenas 11.500, em média.

Resta saber as causas da apatia e há várias explicações. A primeira é certa acomodação, depois de nove anos de crescimento firme. Inegável que as pessoas também anteciparam compras e a procura sofre mesmo um abalo. O mercado, no entanto, continua com grande potencial, já que mal chegamos ao índice de 5 habitantes/veículo, pouco abaixo da média mundial, mas distante de México e Argentina, por exemplo.

Financiamento, responsável por dois terços das vendas, ficou mais restrito. Embora a inadimplência seja um complicador impactante sobre os juros, outro problema é menos comentado. Planos artificiais de redução de taxa têm eficácia limitada. Se mudassem as regras de retomada dos bens, hoje lenientes para quem deixa de honrar as prestações, certamente aumentaria a oferta de crédito. Em outros países até o pagador com restrições consegue se financiar, pois afinal o veículo pode ser recuperado em pouco tempo. Simultaneamente, o cliente pontual paga menos juros e ganha prazo. O fim do paternalismo criaria um mercado de crédito bem maior e saudável.

De qualquer forma, este semestre tem potencial de ser melhor que o primeiro também porque haverá pelo menos 14 lançamentos, é ano do Salão do Automóvel e a indústria ainda demonstra fôlego para promoções.

RODA VIVA

Aumentar etanol na gasolina de 25% para 27,5%, em estudo pelo governo, traria mais desvantagens que benefícios. Gasolina padrão tem 22% de etanol e assim se homologam motores para consumo e emissões. Mais interessante a decisão recente de imposto menor para motor flex com relação de consumo entre etanol e gasolina superior a 75%, sem prejuízo da eficiência energética da gasolina. Ainda não se anunciou a nova alíquota.

Anfavea mudará suas estatísticas, inclusive série histórica de 58 anos, para enquadrar SUV como automóvel de passageiros e não mais comercial leve, conforme a legislação tributária. Comerciais leves, além de pequenos caminhões e furgões, serão apenas veículos com caçamba, a exemplo de picapes de qualquer porte com cabine simples, estendida ou dupla.

Grupo Caoa-Hyundai reforça sua estratégia de marketing para inserir com maior ênfase no mercado o SUV de sete lugares Grand Santa Fe. Motor é o mesmo V-6/3,3L/270 cv (gasolina) do Santa Fe, de 5 e 7 lugares. Acabamento e equipamentos semelhantes, porém com espaço interno maior, suspensões um pouco mais macias e tração 4x4. Preço: R$ 173.990. Santa Fe, 7 lugares, custa R$ 12.000 menos.

Mitsubishi Lancer sofreu um pequeno atraso até a entrada em produção nas instalações do Grupo Souza Ramos, em Catalão (GO). Ficou para outubro próximo e início de vendas no final de novembro. É o primeiro automóvel da marca japonesa de produção nacional. Além desse médio-compacto, é possível a produção também de um compacto em 2016.

Correção, na coluna da semana passada. O número total de modelos compactos e subcompactos hoje no mercado brasileiro é de 32, quatro a mais que os 28 informados.

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fernando@calmon.jor.br e twitter.com/fernandocalmon

Comparativo: Gol Seleção/ Sandero Tech Run

Volkswagen e Renault mudam o visual e incluem equipamentos no Gol e Sandero seus modelos mais vendidos para agregar valor e chamar a atenção do consumidor

Por: Edison Ragassi/ Fotos: Estúdio Prána

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Em 2013, o VW Gol encerrou o ano com 255.070 unidades comercializadas, o que conferiu ao hatch compacto a marca de 27 anos consecutivos na liderança de vendas do mercado nacional. Lançado em 1.980, passou por várias mudanças, tanto que os modelos vendidos nos dias de hoje são da Geração5. A mais recente transformação ocorreu em 2012. Além do novo design, recebeu motor 1.0L da família EA111 denominado TEC (Tecnologia para Economia de Combustível). Neste propulsor, os cabos de velas foram substituídos por bobinas.

IMG_9445Evoluiu o sistema de partida a frio, o qual recebeu um pequeno filtro, injetores para abastecer cada cilindro, a bomba auxiliar foi instalada separada e isolada acusticamente, a qual pressuriza a gasolina. O gerenciamento é feito por uma ECU (Unidade Eletrônica de Controle) com maior capacidade de armazenamento e processamento. Ainda neste motor, é novo o coletor de admissão e os pistões com superfícies de carbono nas saias. Também modificaram o sistema que aciona as válvulas, retentores e injetores de spray. Sua potência é de 76 cv (E)/ 72 cv (G) a 5.250 rpm e o torque é de 10,6 kgfm (E)/ 9,7 kgfm (G) a 3.850 rpm.

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Em sua trajetória no mercado brasileiro, o Gol enfrenta vários concorrentes, entre eles o Renault Sandero, lançado em 2007 pela fabricante francesa. A primeira reestilização aconteceu em 2011, os faróis, grade frontal e pára-choques receberam novo desenho. O conjunto passou a ser semelhante ao usado no sedã Fluence.

IMG_0007Na traseira, a identificação do carro foi para o centro da tampa do porta-malas. E o interior ganhou novos materiais, cores e texturas, também mudou o painel de instrumentos. Na parte central de cor preta brilhante, foi acoplado o novo sistema de som. Atendendo pedido dos clientes, os comandos dos vidros elétricos saíram do painel e foram colocados nas portas.

IMG_9861Com motor 1.0L 16 válvulas Hi-Flex, o modelo é comercializado nas versões Authentique e Expression o qual entrega 76 cv (G)/ 77 cv (E). Seu torque é de 9,9 kgfm (G)/ 10,1 kgfm (E). O hatch da Renault alcançou a marca de 102.514 unidades emplacadas em 2013.

IMG_9442No final do ano passado, a Volkswagen que é patrocinadora da Seleção brasileira de futebol, lançou a linha comemorativa Seleção para o Gol. Por fora, usa o escudo da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Nos para-lamas, inscrição “Seleção” na tampa do porta-malas com um ícone verde e amarelo em alumínio e faixa lateral com o inscrito “Seleção”. No Gol, essa faixa lateral tem também gravado o número “10”. Ainda por fora, os retrovisores possuem capa na cor preto brilhante, a mesma usada no defletor na tampa do porta-malas.

IMG_9443Rodas de liga leve de 14 polegadas, com desenho “Thor”, e pneus nas medidas 185/65 R14. Por dentro, os bancos usam revestimento de tecido em malharia com grafismo em baixo relevo Soccer, que remete ao desenho de bolas de futebol, trazem faixa na cor azul e o logotipo da série gravado. Ainda os pedais com cobertura esportiva de alumínio e o porta-objetos portátil traz o escudo da CBF.

IMG_9452Entre os equipamentos de série a linha Seleção vem com vidros elétricos, direção hidráulica, sistema de som com rádio, CD-player leitor de MP3, entradas USB e conexão Bluetooth. O I-System que inclui o sistema ECO Comfort, o qual orienta o motorista a dirigir de forma mais econômica, por meio de mensagens no painel. Alarme keyless, chave do tipo canivete, travas e retrovisores elétricos também estão incluídos. O Gol Seleção com motor 1.0 tem preço sugerido para venda de R$ 35.710.

IMG_9814Séries especiais chamam a atenção dos compradores, tanto que em outubro do ano passado a Renault também incrementou seu modelo mais vendido com a versão Tech Run, a qual tem preço sugerido para venda de R$ 38.780.

Ele usa rodas de liga leve aro 15 polegadas, retrovisores e puxadores de porta na cor cinza inox. Tem também ponteira de escapamento cromada, adesivo preto na coluna B, identificação Tech Run na parte superior das portas dianteiras, logo abaixo dos retrovisores.

IMG_0028No interior as laterais dos bancos e cintos de segurança usam a cor azul. O volante tem detalhe cromado em um dos três raios, placa em um dos raios com a serigrafia do nome da série limitada, comandos na coluna de direção que possibilita ao motorista manusear as funções como, trocar de música e estações de rádio, atender e terminar chamadas sem tirar as mãos do volante.

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É equipado com o Media NAV, o qual usa tela sensível ao toque (touch screen) de 7 polegadas integrada ao painel. O display é colorido, na função rádio exibe as estações por frequência, com opção de memorização de até 12 emissoras. Aceita conexão com celular (via Bluetooth) ou dispositivos USB e tem também sistema GPS interativo. É equipado de fábrica com ar-condicionado, direção hidráulica, ajuste de altura para o volante e vidros elétricos dianteiros.

Com os resultados positivos obtidos pelas séries especiais, certeza teremos novas nos próximos meses.

Colaboraram: Volkswagen do Brasil, Renault do Brasil e Concessionária VW Caraiga- Morumbi

Custos de peças e serviços Gol Seleção 1.0L

Amortecedores dianteiros: R$211,13- Cada

Serviço: R$ 558,00

Amortecedores traseiros: R$179,50- Cada

Serviço: R$ 162,00

Discos de freios dianteiros: R$144,69 - Cada

Serviço: R$ 144,00

Jogo de pastilhas dianteiras: R$209,75

Serviço: R$ 144,00

Lonas traseiras: R$36,21

Serviço: R$ 216,00

Óleo/ litro: R$30,17

Serviço: R$ 108,00

Filtro de óleo: R$31,85

Serviço: R$ 54,00

Filtro de ar: R$17,55

Serviço: R$ 36,00

Filtro de combustível: R$32,44

Serviço: R$ 36,00

Filtro anti-polén: R$29,02

Serviço: R$ 36,00

Velas: R$29,93-Jogo

Serviço: R$ 90,00

*Custos de peças e serviços Renault Sandero Tec Run 1.0

Amortecedor dianteiro: R$ 587,00

Amortecedor traseiro: R$ 478,00

Pastilha dianteira: R$ 234,00

Filtro de ar: R$ 80,00

Filtro de combustível: R$ 75,00

Óleo e filtro: R$ 232,00

Filtro anti-pólen: R$ 55,00

Velas: R$ 141,00

*A Renault oferece em sua rede de concessionárias o Pacote Preço Fechado que incluiu peças e serviços

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Troca de pneus, alinhamento e balanceamento em casa

Foto 2 (4)A fabricante de pneus Bridgestone, lançou na grande São Paulo o serviço ‘Bridgestone em Casa’. Inédito no Brasil, proporciona ao cliente receber, seja em casa, no trabalho ou no local de sua escolha, uma van da empresa  que disponibiliza uma série de serviços e produtos relacionados à manutenção do veículo e dos pneus.

O agendamento é feito via telefone, os serviços oferecidos são: alinhamento, balanceamento, freio, troca de óleo, lanternas e bateria. Além disso, a troca de pneus.     

Para solicitar o serviço, o telefone é (11) 5593 - 5512. O pagamento será realizado no local do serviço e o cliente poderá escolher a forma entre dinheiro, cheque ou cartão de crédito (em até 12 vezes).